-
Ligue para nós
(51) 0000-0000 -
Chame pelo WhatsApp
(51) 0000-0000
- Sem especificação, 000 - Sem especificação, Sem especificação
Somos uma iniciativa de recuperação e preservação das matas ciliares e taludes em bacias hidrográficas brasileiras.
Promovido pela Universidade de Santa Cruz do Sul, o projeto possui uma metodologia aplicável em qualquer região do país, baseando-se na identificação e diagnóstico de áreas degradadas, execução de atividades de recuperação com técnicas de Engenharia Natural e monitoramento de resultados obtidos. Através de uma abordagem holística e integrada, múltiplos esforços unem-se em prol da conservação ambiental, da preservação de ecossistemas e do bem-estar de comunidades locais.
Com início na Bacia do Rio Pardo (RS), financiado pelo Fundo para Reconstituição de Bens Lesados, do Ministério Público do Rio Grande do Sul, hoje atuamos também na Bacia do Arroio Castelhano, em parceria com a CTA Continental, e na Bacia do Rio Pardinho, em parceria com a JTI.
Para cada bacia hidrográfica que atuamos, firmamos parcerias com empresas interessadas em questões sociais, ambientais e econômicas, visando gerar grandes impactos na comunidade e no meio ambiente, através de ações práticas e orientações técnicas. Além disso, a execução dentro de um ambiente universitário viabiliza a realização de pesquisas e estudos especializados, fomentando a área acadêmica e a evolução de estudos científicos, tanto para professores quanto para estudantes.
Nosso objetivo é regenerar os ecossistemas ciliares e estabelecer corredores verdes vitais para a fauna e flora local, protegendo a biodiversidade, melhorando a qualidade da água e reduzindo a erosão nas margens dos rios.
Com a visão de ser crescer para outras bacias hidrográficas, o Muda busca ser uma referência na recuperação de ecossistemas ripários, contribuindo para a proteção dos recursos hídricos e a preservação da biodiversidade em diferentes regiões.
Desde sua concepção, o Projeto Muda tem sido impulsionado por parcerias que transcendem o simples apoio financeiro, tornando-se verdadeiras alianças em prol de um futuro mais sustentável. Na Bacia Hidrográfica do Rio Pardo, a parceria com o Ministério Público do Rio Grande do Sul (MP) foi um marco.
Essa aliança com o MP, mais do que viabilizar tecnicamente o projeto, simboliza uma união de esforços para proteger o que é mais valioso: a vida. Cada ação conjunta visa não só a recuperação do ecossistema, mas a preservação da qualidade de vida das comunidades que, há gerações, vivem e dependem das águas do Rio Pardo. É uma parceria que olha para o futuro com responsabilidade, buscando garantir que as próximas gerações possam usufruir de um meio ambiente equilibrado e saudável.
Na Bacia do Arroio Castelhano, a parceria com a CTA (Continental Tobacco Alliance) trouxe uma nova dimensão ao Projeto Muda. Ao conhecer a proposta, a CTA viu uma oportunidade única de contribuir de maneira significativa para a proteção de uma bacia hidrográfica vital para a cidade de Venâncio Aires. Mais do que uma simples adesão ao projeto, a CTA trouxe consigo a credibilidade e a confiança necessárias para envolver os produtores rurais locais, fundamentais para o sucesso de qualquer iniciativa de preservação ambiental. Afinal, o produtor rural é o verdadeiro protagonista do Muda. É ele quem, ao adotar práticas conservacionistas e regenerativas, garante que os recursos naturais sejam preservados, enquanto melhora a produtividade e a qualidade de seus produtos. O projeto, através da orientação técnica e incentivo à sustentabilidade, fortalece a resiliência dessas comunidades, beneficiando diretamente a sociedade como um todo.
Essas parcerias não são apenas colaborações; são relacionamentos construídos sob valores compartilhados de responsabilidade socioambiental. Juntos, temos construído pontes entre a conservação do meio ambiente e o desenvolvimento sustentável, assegurando que o impacto do Projeto Muda reverbere tanto nos ecossistemas quanto nas vidas das pessoas que dependem deles.
O impacto social, ambiental e econômico dessas parcerias é imenso, pois elas não só possibilitam a execução do projeto, mas também inspiram a comunidade a se envolver e cuidar de seu entorno, gerando um ciclo virtuoso de benefícios mútuos.
A EQUIPE
O Muda foi idealizado pela Engenheira Drª Priscila Mariani, que viu nas bacias hidrográficas uma oportunidade para trazer melhorias na qualidade de vida das pessoas da região. Priscila é Doutora em Recursos Hídricos e Saneamento Ambiental pelo IPH/UFRGS, Mestre em Ciência do Solo pela UFRGS e Engenheira Ambiental pela UNISC. Além disso, exerce a Coordenação do Curso de Agronomia da UNISC, é pesquisadora e docente da Universidade.
Hoje o Muda conta com uma equipe de engenheiros, agrônomos, técnicos e outros profissionais que trabalham para viabilizar o programa.
COMPROMISSO COM A AGENDA 2030
Com o comprometimento de trazer mudanças positivas tanto para a sociedade quanto para o meio ambiente, estamos alinhados com as necessidades globais dispostas na Agenda 2030 da ONU, através da aplicação de diversos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
Queremos deixar o nosso legado, buscando sempre os melhores resultados possíveis para, efetivamente, otimizar a qualidade de vida das pessoas e promover recuperação e conscientização ambiental.
O Programa coloca em prática, principalmente, ações alinhadas com os ODS abaixo:
Status do projeto
RIO PARDO
Na Bacia do Rio Pardo, o diagnóstico completo foi finalizado antes das devastadoras inundações de maio de 2024. Este evento extremo foi um divisor de águas para o projeto, evidenciando a urgência de ações de recuperação e resiliência. Com a destruição causada, tornou-se necessário refazer o diagnóstico, uma tarefa que requer novos parceiros comprometidos com a proteção dos recursos hídricos e a segurança das comunidades locais. Estamos em busca de recursos para viabilizar esse novo diagnóstico, mas, mesmo sem essa garantia a curto prazo, planejamos cumprir todas as metas estabelecidas. Já definimos uma área de intervenção para a primeira obra que será implementada no rio Pardo, nossa previsão é readequar o projeto executivo para que a obra seja implementada até janeiro de 2025.
ARROIO CASTELHANO
No Arroio Castelhano, os impactos das inundações foram menores e o diagnóstico inicial mostrou-se mais resiliente, permitindo a continuidade do planejamento. A área onde será realizada a obra de engenharia natural já foi selecionada e a elaboração do projeto executivo está em andamento. Os produtores rurais locais, peça-chave em todo o processo, têm sido altamente receptivos à proposta do projeto.
Desafios e aprendizados
As inundações de 2024 foram um lembrete doloroso, mas necessário, de que nosso trabalho é mais importante do que nunca. Esses eventos climáticos extremos não apenas desafiaram nossos planos, mas também fortaleceram nossa determinação de tornar as bacias hidrográficas mais resilientes. Aprendemos que o verdadeiro valor do Projeto Muda vai além da conservação ambiental; ele está em criar um ambiente seguro e resiliente para as comunidades, garantindo que estejam preparadas para enfrentar os desafios do futuro.
Embora as obras diretas do Projeto Muda ainda não tenham sido iniciadas, a Universidade de Santa Cruz do Sul já tem exemplos inspiradores de sucesso nas intervenções realizadas por meio do Comitê Pardo no Rio Pardinho. Essas intervenções demonstram que, com o suporte adequado, podemos não apenas estabilizar as margens dos rios e restaurar ecossistemas inteiros, mas também minimizar significativamente os impactos de eventos climáticos extremos, como inundações e estiagens.
O impacto das intervenções é visível: a biodiversidade prospera, as comunidades locais desfrutam de um ambiente mais seguro e saudável, e a resiliência das áreas afetadas é fortalecida. A previsão é que as obras do Projeto Muda comecem no final deste ano (2024), trazendo consigo a promessa de um futuro melhor e mais resiliente.